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RJ: Paes militariza a Guarda Municipal enquanto anuncia visita à Bukele


Foto/Reprodução: Robert Gomes
Foto/Reprodução: Robert Gomes


Na terça-feira (15), foi aprovado na câmara de vereadores o PL “Guarda Armada”, que autoriza o uso de armas de fogo por parte da Guarda Municipal da cidade do Rio de Janeiro.


Ainda que possa passar por mudanças, este projeto de lei garante a possibilidade de “policiamento ostensivo” por parte da Guarda Municipal, que também poderá ser constituída de agentes temporários. Paes, que já havia proposto a criação de um “agrupamento de elite” armado independente de outras forças, procura reproduzir o modelo de militarização e aumento da violência contra a população que tem se tornado comum nas gestão dos municípios e estados por parte de políticos reacionários, como foi o caso recente do assassinato de Ngange Mbaye, trabalhador ambulante senegalês, por parte da PM de Tarcísio na região do Brás, em São Paulo. Conhecido pelo sua violência “sem dó” em cima dos camelôs, Paes procura agora ameaçar a vida dos trabalhadores, que antes costumavam ter que enfrentar os cassetetes da guarda municipal e agora terão que lidar com esta mesma força pronta ameaçando-os de morte caso não cedam aos desejos de “limpeza urbana” que ele frequentemente promove na região do centro da cidade.


O projeto de lei foi aprovado pouco tempo depois que o prefeito Eduardo Paes anunciou sua visita a El Salvador, onde o reacionário presidente Nayib Bukele se tornou reconhecido pelo encarceramento em massa e repressão intensa contra a população em nome do combate às gangues no país. Recentemente ganhou maior atenção com o seu papel nas deportações criminosas de imigrantes promovidas por Donald Trump, em que Bukele cedeu as prisões de seu país, mais especificamente o chamado Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), como destino dos imigrantes capturados pelo governo americano. Com isso, o prefeito do Rio de Janeiro joga com interesses eleitorais e se projeta para o Governo do Estado, já anunciando que não só procurará manter a política de chacinas e repressão policial na cidade, que hoje é promovida por Cláudio Castro, mas que buscará novos modelos de intensificar e expandir esta política antipovo.


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